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‘Números mostram insignificância da operação Carne Fraca’, diz Temer

  • Foto do escritor: Jatobanet
    Jatobanet
  • 22 de mar. de 2017
  • 2 min de leitura

O presidente Michel Temer atacou a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal (PF), e afirmou que números mostram insignificância da operação Carne Fraca. Ele disse que o “grande alarde” causado não pode ficar “impune”. Em evento a investidores nesta terça-feira, Temer declarou que a divulgação da operação causa “embaraço econômico ao Brasil” e minimizou as denúncias feitas aos frigoríficos nacionais.


— Não podemos deixar transitar impunemente um alarde que, na verdade, não alcança a totalidade dos frigoríficos brasileiros — discursou o presidente, emendando:


— Evidentemente isso causa, não posso deixar de registrar, um embaraço econômico ao país e alguns países que, de alguma maneira, pensam em suspender as compras de carne.


Logo depois dessas declarações contra a ação da PF, Temer defendeu que os desvios sejam apurados, mas seguiu atacando a repercussão das investigações. Para tentar demonstrar que as investigações da PF, divulgadas na última sexta-feira, foram "insignificantes", Temer citou números comparando alvos da operação ao total do mercado brasileiro de proteína animal.


— Tomo a liberdade de mencionar números para verificar a insignificância do fato. Temos cerca de 4.383 plantas frigoríficas no Brasil. Apenas três tiveram suspensas suas atividades. 18 ou 19 estão sendo objeto de apuração. O Ministério da Agricultura tem 11.300 servidores. Tem cerca de 30 que estão sendo investigados


— buscou minimizar Michel Temer, que comemorou a desistência da Coreia do Sul em suspender as compras de carne do Brasil. Países como China e Egito — segundo e terceiro maiores compradores do produtos — ainda cobram explicações do governo e interromperam os negócios.


Classificada como a maior operação da história da PF, a Carne Fraca detectou que superintendências regionais do Ministério da Pesca e do Ministério da Agricultura do Paraná, Minas Gerais e Goiás atuavam para proteger grupos empresariais, em prejuízo do consumidor. Foram presos executivos dos grupos JBS (de marcas como Friboi, Seara e Swift) e BRF (Sadia e Perdigão). Depois de dois anos de investigação, foram identificadas irregularidades como reembalagem de produtos vencidos e venda de carne imprópria para alimentação.


Além de contemporizar arranhões na imagem do mercado de proteína animal do Brasil, Temer elogiou o produto para os investidores internacionais: disse que a carne é "enaltecida" e tem um "paladar adequado para saboreá-la". Ele ainda citou que, após reuniões de emergência no fim de semana com ministros e embaixadores de países importadores de carne, chamou todos para um "saudável" jantar em uma churrascaria na noite de domingo. A refeição, oferecida a 69 pessoas, custou à Presidência da República R$ 13.844,29, uma média de cerca de R$ 200 por convidado.


Fonte: Agência O Globo


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